SÃO PAULO - Finalizados os debates entre acusação e defesa, o julgamento do casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá parte para o desfecho final, quando o Conselho de Sentença, formado por sete jurados, se reunirá para decidir o destino dos réus. O Tribubal de Justiça divulgou na noite desta sexta-feira os 11 quesitos formulados par ao júri do casal, acusado de matar Isabella em 2008. Veja cada um deles.
O veredicto - absolvição ou condenação - será proferido após a apuração da votação secreta. Em seguida, o magistrado fará a leitura da decisão do júri no Plenário, o que está previsto para o início da madrugada de sábado, de acordo com o Tribunal de Justiça de São Paulo. Caso Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá sejam condenados, estabelecerá a pena ao casal.
Quesitos
1A - A esganadura causou a morte? 1B - Ela (vítima) foi lançada éla janela?
2A - Alexandre deixou de socorrer a vítima durante a esganadura? 2B - Foi ele (Alexandre) que a jogou pela janela?
3 - O jurado absolve o réu?
4A - O crime foi cometido de forma cruel (esganadura)? 4B - O crime foi cometido de forma cruel (lançamento pela janela)?
5A - Houve emprego de recurso que impossibilitou a defesa da vítima durante a esganadura? 5B - Houve emprego de recurso que impossibilitou a defesa da vítima durante o lançamento pela janela?
6 - O crime foi cometido para esconder a esganadura?
7 - O crime doi cometido contra menor de 14 anos?
8 - Mexeram no local do crime?
9 - Eles lavaram a roupa para impedir a coleta de prova?
10 - O jurado absolve o réu?
11 - Ele (Alexandre) fez isso para eximir-se da culpa?
Debates
Ao contrário do promotor Francisco Cembranelli, que usou as quatro horas e meia permitidas para ambos os lados, a equipe de Podval utilizou apenas duas horas - pouco mais de uma hora na primeira explanação e 45 minutos da tréplica.
Na tréplica, Podval fez usou o in dubio pro reo para pedir a absolvição dos acusados. A expressão latina significa literalmente que, na dúvida ou insuficiência de provas, o júri deve agir a favor do réu, como princípio da legalidade. "Não há prova (contra o casal). Vocês (jurados) condenarão sem prova?", disse.
Antes, na sua primeira explanação, o advogado comparou o desaparecimento de Madeleine McCann com a morte de Isabella para fazer uma crítica à sociedade brasileira. A menina inglesa sumiu em Portugal, durante as férias da família, e os pais chegaram a ser apontados como suspeitos. "Lá na Inglaterra, a sociedade foi contra a perícia, contra a polícia e não condenou os pais (de Madeleine)", afirmou.
Acusação
Em sua argumentação, o promotor Cembranelli, afirmou que não há possibilidade de um dos réus ser condenado e o outro ser inocentado. "Temos de condenar o casal não a uma pena de 30 anos, como apavorou a defesa, mas a uma pena justa", disse.
Ao falar da madrasta de Isabella, Anna Carolina Jatobá, Cembranelli explorou o perfil da acusada, citando um histórico agressivo da acusada. "Do mesmo jeito que estraçalhou uma vidraça com a mão, Jatobá esganou Isabella como a uma miniatura de Ana Carolina (de Oliveira, mãe da menina)", afirmou.
O caso
Isabella tinha 5 anos quando foi encontrada ferida no jardim do prédio onde moravam o pai, Alexandre Nardoni, e a madrasta, Anna Carolina Jatobá, na zona norte de São Paulo, em 29 de março de 2008. Segundo a polícia, ela foi agredida, asfixiada, jogada do sexto andar do edifício e morreu após socorro médico. O pai e a madrasta foram os únicos indiciados, mas sempre negaram as acusações e alegam que o crime foi cometido por uma terceira pessoa que invadiu o apartamento.
O júri popular do casal começou em 22 de março e deve durar cinco dias. Pelo crime de homicídio, a pena é de no mínimo 12 anos de prisão, mas a sentença pode passar dos 20 anos com as qualificadoras de homicídio por meio cruel, impossibilidade de defesa da vítima e tentativa de encobrir um crime com outro. Por ter cometido o homicídio contra a própria filha, Alexandre Nardoni pode ter pena superior à de Anna Carolina, caso os dois sejam condenados.
O veredicto - absolvição ou condenação - será proferido após a apuração da votação secreta. Em seguida, o magistrado fará a leitura da decisão do júri no Plenário, o que está previsto para o início da madrugada de sábado, de acordo com o Tribunal de Justiça de São Paulo. Caso Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá sejam condenados, estabelecerá a pena ao casal.
Quesitos
1A - A esganadura causou a morte? 1B - Ela (vítima) foi lançada éla janela?
2A - Alexandre deixou de socorrer a vítima durante a esganadura? 2B - Foi ele (Alexandre) que a jogou pela janela?
3 - O jurado absolve o réu?
4A - O crime foi cometido de forma cruel (esganadura)? 4B - O crime foi cometido de forma cruel (lançamento pela janela)?
5A - Houve emprego de recurso que impossibilitou a defesa da vítima durante a esganadura? 5B - Houve emprego de recurso que impossibilitou a defesa da vítima durante o lançamento pela janela?
6 - O crime foi cometido para esconder a esganadura?
7 - O crime doi cometido contra menor de 14 anos?
8 - Mexeram no local do crime?
9 - Eles lavaram a roupa para impedir a coleta de prova?
10 - O jurado absolve o réu?
11 - Ele (Alexandre) fez isso para eximir-se da culpa?
Debates
Ao contrário do promotor Francisco Cembranelli, que usou as quatro horas e meia permitidas para ambos os lados, a equipe de Podval utilizou apenas duas horas - pouco mais de uma hora na primeira explanação e 45 minutos da tréplica.
Na tréplica, Podval fez usou o in dubio pro reo para pedir a absolvição dos acusados. A expressão latina significa literalmente que, na dúvida ou insuficiência de provas, o júri deve agir a favor do réu, como princípio da legalidade. "Não há prova (contra o casal). Vocês (jurados) condenarão sem prova?", disse.
Antes, na sua primeira explanação, o advogado comparou o desaparecimento de Madeleine McCann com a morte de Isabella para fazer uma crítica à sociedade brasileira. A menina inglesa sumiu em Portugal, durante as férias da família, e os pais chegaram a ser apontados como suspeitos. "Lá na Inglaterra, a sociedade foi contra a perícia, contra a polícia e não condenou os pais (de Madeleine)", afirmou.
Acusação
Em sua argumentação, o promotor Cembranelli, afirmou que não há possibilidade de um dos réus ser condenado e o outro ser inocentado. "Temos de condenar o casal não a uma pena de 30 anos, como apavorou a defesa, mas a uma pena justa", disse.
Ao falar da madrasta de Isabella, Anna Carolina Jatobá, Cembranelli explorou o perfil da acusada, citando um histórico agressivo da acusada. "Do mesmo jeito que estraçalhou uma vidraça com a mão, Jatobá esganou Isabella como a uma miniatura de Ana Carolina (de Oliveira, mãe da menina)", afirmou.
O caso
Isabella tinha 5 anos quando foi encontrada ferida no jardim do prédio onde moravam o pai, Alexandre Nardoni, e a madrasta, Anna Carolina Jatobá, na zona norte de São Paulo, em 29 de março de 2008. Segundo a polícia, ela foi agredida, asfixiada, jogada do sexto andar do edifício e morreu após socorro médico. O pai e a madrasta foram os únicos indiciados, mas sempre negaram as acusações e alegam que o crime foi cometido por uma terceira pessoa que invadiu o apartamento.
O júri popular do casal começou em 22 de março e deve durar cinco dias. Pelo crime de homicídio, a pena é de no mínimo 12 anos de prisão, mas a sentença pode passar dos 20 anos com as qualificadoras de homicídio por meio cruel, impossibilidade de defesa da vítima e tentativa de encobrir um crime com outro. Por ter cometido o homicídio contra a própria filha, Alexandre Nardoni pode ter pena superior à de Anna Carolina, caso os dois sejam condenados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário